quinta-feira, 19 de maio de 2011

Post 14

Adotar é mesmo TUDO DE BOM


Primeiramente, o cão ou gato é um ser que de nós depende, assim temos o dever de guarda responsável. Isso quer dizer cuidados veterinários, alimentação, local adequado e carinho (é claro). Essa escolha deve levar em conta que muitas viagens podem ser adiadas, tapetes guardados, calçados mordidos entre outras traquinagens. Obviamente o cão fica velhinho, perde a visão, a audição, os dentes e pode ter outras doenças, neste momento é que o “dono” deve estar ciente da responsabilidade e sob hipótese alguma abandonar o amigo.

Depois de entender que um cão não é um filhote para sempre, que ele pode vir a fazer necessidades no lugar errado, estragar objetos pessoais e adoecer, se mesmo assim a pessoa está disposta a cuidar desse bichinho, estamos diante de uma pessoa que entende o que é ter a alegria de um bichinho de estimação. Cada chegada em casa é motivo de uma avalanche de festa e carinhos (independente de estarmos cheirosos ou suados), ainda vão sentir quando estamos tristes e permanecerão ao nosso lado inabalavelmente leais.

Se vê pets e feiras de filhotes que exibem animais fofinhos, cheios de fitinhas e com uma etiqueta indicando seu valor. Como se a vida pudesse ser avaliada. Até existem canis registrados e com uma infraestrutura magnífica, mas essa realidade atinge poucos criatórios. A verdade é que ninguém verifica a procedência dos animais que compra, é compreensível, pois muitos pedigrees são facilmente forjados, bem como atestados veterinários.

Os animais abandonados estão em crescente aumento, muito pela própria aquisição irresponsável, pois há quem compre um animal e não o quer mais quando deixa de ser filhote, ou quando precisa viajar, ou quando nasce um filho, bom são inúmeras as razões para essa atitude, mas o fato é que descartam animais.

O trabalho voluntário de poucos, consiste em acolher – dentro das possibilidades – esses animais, tratá-los e disponibilizá-los para um novo lar, que possibilite uma nova vida. Essa é a ideologia da proteção animal: dar uma nova chance de vida para uma vida. Além de evitar sustentar pessoas desonestas como os cruéis criadores, é uma preocupação com a saúde pública. Pois adotando ou ajudando uma ONG a pessoa está contribuindo para a sociedade. Já que para os animais não há SUS, todos os tratamentos são despesas dos voluntários e raras ajudas de simpatizantes da causa.

Há quem defenda querer um animal de raça, as ONGs também têm essa opção, como existem os sem raça definida, vulgo SRDs. Mas ambos tem um único objetivo: ser amado e bem tratado. Os animais nos pedem muito pouco, eles só querem uma chance de viver bem.

Outro receio é de adotar um animal adulto. Pois então, lenda. Um animal adulto, que já sofreu, entende perfeitamente que quem dá uma chance a ele é um salvador, por isso ele tem um especial agradecimento. Se adapta rápido, entende as regras da casa com facilidade e tem um interesse imenso por ser o mais querido possível. O filhote é fofo, mas demora para interagir e faz muita sujeira e estragos até entender o que é certo, é preciso mais paciência e disponibilidade de tempo para cuidar de um.

A cada animal comprado, mais de 10 morrem em um abrigo esperando por uma chance! Assim somos, não compramos amigos, nós os conquistamos, então não há motivos para não abraçar essa causa. Vá até um canil público, vá até uma ONG e veja aquelas carinhas de esperança (mesmo sarnentos, desnutridos, judiados), aquele olhar de “me leva para sua vida que te serei sempre fiel”, então entenderás como uma atitude pode mudar uma vida e ser tudo para alguém. Algumas ONGs também tem site com algumas fotos dos bichinhos e opções de como contribuir caso não possa adotar.

A adoção é fundamental para que o trabalho dos protetores tenha continuidade. É contribuir para, quem sabe um dia, não existir mais animais nas ruas.

Adotar é isso.

Esse post teve contribuição especial da @deschiaffino! Obrigada!!!

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